sábado, 31 de maio de 2008

Antecedentes Históricos da Administração.


Entretanto, percebe-se que a prática da administração vem sendo gradativamente formulada da antiguidade até a atualidade.

Civilizações Antigas


Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) verificando esta transição da Administração sita uma das causas as civilizações antigas. Muitas dessas grandes civilizações possuíam administradores experientes, provados pelas suas obras como as construções de muralhas de suas cidades, os canais da Súmeria, os jardins suspensos, sistema de irrigação os ensinos astronômicos e matemáticos da babilônia, o sistema bibliotecário da Assíria. Na Pérsia foi exigido um gênio empresarial e organizacional para serem realizado, além também do código de Hammurab que incluiu o incentivo do salário mínimo.

Grécia


De acordo Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) o nome Grécia lembra a arte, a arquitetura, literatura e um governo sofisticado para tal era exigido uma grande complexidade de conhecimento na área administrativa. Os trabalhadores gregos dividiam ao meio o pagamento por peças nos contratos do governo.

Roma


Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) explicam que a Roma ficou conhecida pelo o seu sistema de estrada na qual àquela época controlava o mundo, outra característica foi à elaboração de edifícios públicos, arquitetura, negociações comerciais e seu governo civil. Atualmente ainda se utiliza do modelo romano, o sistema militar, tais prodígios é explicado pelos conceitos de administração.

China


Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) explicam que a China também influenciou na metamorfose administrativa. Com as suas muralhas, os exércitos compactos, o sistema viário intercontinental e a comercialização da seda, a divisão de trabalho já utilizado em 1650 a.C, a rotação, ou seja, o rodízio da mão-de-obra já era utilizado desde 400 a.C. Observa-se também que foi construído manualmente pelos operários chineses tendo eles como função original o comércio da seda, uma estrada que liga a China ao norte do Paquistão.

Maquievel


De acordo Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) formulam que Maquiavel visava à natureza do homem daquele tempo. Niccolo Machiavelli, o próprio Maquiavel, escreveu um livro “O Príncipe” onde comenta sobre o tratado para soberano ou aspirante ao poder e que demonstrava como fazer para ser bem sucedido no governo. Maquiavel tentava explicar que o líder usando de qualquer metodologia ou tática para liderar poderia manipular as pessoas, ele pronunciava que o fim justifica os meios, ou seja, manter o poder. Para Maquiavel mais antes ser temido do que ser amado, pois o medo controla já o amor muda e não controla. Conforme Maquiavel aput Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998, pg 37 ) “Quem quer que deseja fundar um estado e estabelecer leis deve partir do pressuposto de que todos os homens são maus e estão sempre disposto a mostrar sua natureza corrupta quando houver ocasião para tal”

Influência da Organização da Igreja Católica


A Igreja Católica contribuiu para o desenvolvimento da Administração com a sua estrutura, seu método de organização.
Conforme Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) a Igreja Católica Romana contribuiu bastante para evolução administrativa. À proporção que o cristianismo se expandia ocasionava em muitos conflitos, fazendo surgir novas seitas, por senti-se pressionadas a Igreja passou a definir com mais clareza as suas missão, objetivos, diretrizes, regras e regularmente, assim como a sua hierarquia organizacional. Desenvolveu uma relação altamente centralizada de autoridade e responsabilidade, ocasionou em muitos conflitos entre centralização e descentralização existentes até hoje. Essas características além do grau de imposições de diretrizes, doutrinas, procedimentos, entre outros são uns dos principais fatores de diferenças de seitas cristãs.
Conclui-se que esta estrutura eclesiástica serviu de modelo para várias outras instituições que por sua vez aplicaram diversas normas, princípios administrativos utilizados na Igreja.

A Ética Protestante do Trabalho


Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) indagam que os ministros protestantes Martinho Lutero e João Calvino começaram instigar várias doutrinas, seus ensinamentos levaram a mudanças radicais até mesmo nos negócios. O ditado que eles utilizavam “Deus ajuda a quem se ajuda” elevaram a criação da Ética Protestante ou Ética de Trabalho.
Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) comentam que o sociólogo Max Weber, afirmava que o capitalismo teve grande impacto de desenvolvimento por causa da ética protestante, pois libertou as pessoas do peso da opressão imposto pelo catolicismo, ao fazer os negócios. Vários dizeres apoiavam a Ética Protestante a exemplo “Perda de tempo é um pecado mortal” e “Quem não quiser trabalhar, também não deve comer”, Max acreditava que esses dizeres influenciaram ao desenvolver o espírito capitalista.
Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) dizem que logo após a Idade das trevas começaram as reformas e conseqüentemente deram êxtase à ciência, à razão, à expressão e as novas descobertas. A teoria administrativa caminhou em passos lentos até a revolução Industrial que teve no século XVII.

Influência da Organização Militar.

Conforme Chiavenato (1893), com o passar do tempo, o aumento de operações militar ocasionava no crescimento de delegação de autoridade. Entre (1769-1821) Napoleão, além de gerenciar o seu exercito tinha como responsabilidade de vigiar o campo de batalha. Provém de que em grandes lutas o comando operacional das guerras passou a exigir uma ampliação dos princípios, ou seja, das táticas já utilizadas no campo de batalha, levando a propor a um planejamento e controle centralizado, ocasionou também a descentralização na execução de suas táticas.
Chiavento (1983) visa que a hierarquia dentro da organização militar é tão antiga quanto à guerra, pois a necessidade de haver um Estado-Maior, sempre foi primordial ao exercício militar. Enfim, o quartel general apareceu graças à idéia de Estado-Maior com a Marca de Brandenburgo, com o desejo de aprimorar a estrutura na organização militar foram feitas algumas inovações com a criação do Staff (Estado-Maior) servindo para assorear o comando militar. Eram feitos planejamentos para a execução de tarefas, os oficiais tinham acessórias e trabalhavam independentemente separados conforme o planejamento. Os oficiais eram transferidos para as posições de comando (linha) de acordo com suas experiências e sua formação no Estado-Maior.
Analisa-se que nas guerras eram necessários estratégias, táticas, planejamento, como também dar cargos, para que ocorresse tudo bem no campo de batalha. O militarismo contribuiu bastante para o surgimento da administração com a sua formação, estrutura e organização.

Como a Revolução Industrial Influenciou a Administração


Conforme Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) a invenção das máquinas nos meados de 1700 a 1850 provocou um grande lapso na história, fortes mudanças como à produção manual passou para a mecânica fabril onde exigia uma qualificação, organização, uma administração para que as Industrias se desenvolvessem. Houve vários precursores da Revolução Industrial como o sistema feudal, o sistema de associações das áreas urbanas, vindo a surgir futuramente a sistema domiciliar e por sua vez levando vantagens o sistema fabril sendo o centro da revolução industrial.

Sistema Feudal


De acordo Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) o sistema feudal surgiu na Idade Media com o desenvolvimento na Europa. No sistema feudal a organização era distribuída por subordinados e subordinadores, ou melhor, servos e senhorio. A economia era correspondida de acordo com a responsabilidade, baseava-se nas terras, e teve uma boa ênfase para a produção rural e agrária. Com o aparecimento das indústrias fabris proporcionou para o queda do feudalismo predominando a indústria e o comércio.

O Sistema Associativo

Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) referem-se a este sistema como meio de desenvolvimento para a indústria levando o homem a sair do campo para a cidade. O sistema de associação serve de modelo organizacional, pois eram divididos em categorias: os mestres, os de jornadas e os aprendizes, aos mestres eram dados todo respeito por ser dono das oficinas, os de jornadas eram os trabalhadores mais experiências e os aprendizes eram os iniciantes do qual tinham que ensinar o serviço e trabalhavam em troca de um prato de comida e dormida.
Conforme Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998), a estas três classes trabalhadoras surgem grupos sociais coesos dando início à Administração de pessoal e salarial, pois envolvia a uma seleção, treinamento e o desenvolvimento dos trabalhadores.

Sistema Domiciliar

Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) descrevem que o sistema domiciliar eram métodos organizacionais mais freqüentes na indústria no início do século XVII. Há exemplo os comerciantes independentes que paga aos seus mestres em base de peças e que por sua vez pagam aos trabalhadores que trabalhavam em casa. Os capitalistas comerciantes tinham poucos problemas na administração.
De acordo Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) ainda é aplicada este sistema com algumas modificações na produção de artigos artesanais de fazenda e madeira no Hong Kong, na Itália e em partes da Nova Inglaterra.

Um Novo Sistema de Produção


Conforme Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) o uso de novos instrumentos e sistema de produção como, por exemplo, o processo das máquinas para a fabricação de produtos de algodão e lã serviu para a aceleração da revolução industrial. Com a nova fonte de energia, o carvão, surge as máquinas a vapor. Durante o período da Renascença a atividade intelectual contribuiu indiretamente para este desenvolvimento.

Influência dos Economistas Liberais.

Segundo Megginson, Mosly e Pietri, Jr. (1998) o sistema fabril é resultado de inúmeras invenções de máquinas para a melhoria da produção que, conseqüentemente, levou ao processo de produção em massa. Há um reflexo claro nas linhas de montagens por usar percas permutáveis que é demonstrado pelo método de Eli Whitney.

REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, Ildaberto. Administração nos Novos Tempos. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1983.
MEGGINSON, Leon C., MOSLEY, Donald C., JR, Paul H. Pietro. Administração – Conceito e Aplicação. 4.ed. São Paulo: Harbra, 1998.